Qualidade
de vida só existe enquanto cooperação
entre empresa e funcionário
Cecília Cibella Shibuya
A Qualidade de Vida é um tema
cada vez mais abordado na mídia, nas empresas e
até mesmo no ambiente familiar. As pessoas se conscientizaram
de que o termo tem um significado amplo - que engloba diferentes áreas
da vida -, e vêm incorporando a questão no
seu dia-a-dia, tanto individualmente quanto coletivamente.
O mundo corporativo já está consciente
da importância da qualidade de vida e da necessidade
de criar melhores condições para o bem-estar
dos colaboradores. Aqueles que investiram, já começam
a colher os frutos dessa colaboração
entre empresa e colaborador, comprovando que o profissional
produz mais e melhor quando se sente feliz e motivado.
Essa busca por qualidade de vida insere-se no contexto
da Responsabilidade Social, prática que deve
ser incorporada tanto pelas empresas quanto pelos próprios
profissionais. Assim, para que os programas de qualidade
de vida gerem benefícios efetivos, o que vai
se propagar para toda a sociedade, o comprometimento
deve ser completo: a empresa desenvolve políticas,
ações e programas de estímulo
a uma vida saudável, e o funcionário,
por sua vez, deve perceber que seu papel é fundamental
para que os objetivos sejam alcançados por ambas
as partes.
A iniciativa de promover projetos visando a satisfação
pessoal dos colaboradores cresce cada vez mais no mercado
de trabalho, de microempresas a grandes corporações
multinacionais. Num futuro próximo, o que diferenciará uma
empresa da outra será a qualidade de vida de
seus colaboradores, bem como o clima que predomina
no local de trabalho, diminuindo a importância
do tamanho da empresa e ressaltando a produtividade
e a qualidade, resultantes do bem-estar organizacional.
Para que os programas sejam eficazes, porém, é preciso
alguns cuidados, como: partir da realização
de uma pesquisa sobre o perfil dos colaboradores e
suas reais necessidades; implantação
de ações contínuas, transparentes,
de curto, médio e longo prazos; envolvimento
da alta cúpula; contar com uma equipe multidisciplinar
que saiba lidar com as diferenças internas;
avaliações constantes sobre os resultados
do programa; inserir o programa dentro da Política
de Recursos Humanos.
Já o colaborador deve se comprometer em cultivar
um estilo de vida saudável, o que faz uma grande
diferença para seu rendimento no mercado de
trabalho. É preciso adquirir uma condição
física boa e manter a saúde sempre em
dia, por meio de exercícios e de uma alimentação
equilibrada.
Cuidar dos aspectos emocionais e psicológicos
também é indispensável, o que
inclui uma atenção muito especial à questão
da auto-estima. Guardar um tempo para curtir momentos
de lazer e conectar-se com o lado espiritual é essencial.
O importante é saber conciliar afazeres profissionais
com a vida pessoal, dedicar-se a si mesmo e aos familiares.
A Responsabilidade Social é conquistada, primeiramente,
por meio da Responsabilidade Pessoal.
Toda atitude tomada para valorizar as virtudes do
ser humano deve ser valorizada e incentivada.
Portanto, com as empresas e colaboradores trabalhando
em conjunto para promover o bem estar físico
e emocional de todos, as atitudes positivas, e a integração
entre organizações e sociedade, a Qualidade
de Vida deixará em breve de ser uma bandeira
para se tornar um bem comum.
Fonte ABVQ (Associação Brasileira de
Qualidade de Vida)
Autor: CECILIA CIBELLA SHIBUYA
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